Christine Aldo

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10 de agosto de 2011

A Resignada Rosa


Os ventos de outono
Varrem as pétalas para longe
São partículas do meu corpo sem paradeiro;

Então quase nua
As tuas mãos me aguçam para um acalento
Repousa meu caule violentado;

Sangra na carne viva
As dores dos espinhos da saudade
Leva-me para longe o vento sem destino;

O manto da natureza é subversivo
Logo vem a primavera e me cobres
Outra armadilha da beleza que me fere;

Chora o orvalho a solidão
Mata-me a sede na semente
E ludibria a minha resignação;

Quando encontrar-me encolhida
Não chores pela morte repentina
Outras lhes trarão tristezas e alegrias;

Porque são assim as primaveras
Porque é assim a vida.

Pela autora Christine Aldo – Agosto de 2011 no dia 09.

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